De acordo com o professor de Yale Charles Perrow, o mundo pode estar muito perto de testemunhar uma tragédia nuclear de potência equivalente a 85 vezes ao acidente nuclear em Chernobyl.
A usina nuclear de Fukushima ainda está em ruínas, dois anos depois do terremoto e tsunami que devastaram o Japão, e a radioatividade que vaza da usina contamina 300 toneladas de água do Oceano Pacífico todos os dias. Em 20 de novembro, a empresa responsável pela manutenção das usinas no Japão vai tentar remover cerca de 1.300 varetas de combustível a Unidade de Reator 4, que está altamente danificada. Não precisa ser cientista nuclear pra deduzir o que pode acontecer caso ocorra algum erro durante a operação.
O site frisa, ainda, que toda a estrutura do prédio, talvez das varetas em si, estão danificadas, e é que é fundamental reverter esse quadro porque qualquer outro desastre natural pode liberar a radiação na atmosfera e causar mais um desastre. A preocupação é que esse processo de remoção das varetas é extremamente delicado, e nenhuma delas pode tocar-se entre si ou quebrar durante a remoção - analistas afirmam que a chance de isso acontecer é alta, especialmente porque não acreditam que a TEPCO, a empresa responsável pela operação, tenha uma equipe qualificada e a engenharia ideal para executá-la sem causar um desastre nuclear sem precedentes na Ásia.
No Global Research, analistas clamam para que a humanidade reúna seus melhores cientistas e engenheiros para conduzir a remoção das varetas. O professor de Yale Charles Perrow também se mostra preocupado. "Com a radiação emitida por todas essas varetas, caso elas não sejam mantidas resfriadas e separadas umas das outras, seria preciso evacuar as áreas próximas, incluindo Tóquio. (...) toda a humanidade estaria ameaçada por milhares de anos", disse ele, ao ser entrevistado pelo site Enenews, especializado na área de energia.
A radiação que pode ser vazada é mais de 15 mil vezes o que foi liberado nos bombardeios em Hiroshima, na Segunda Guerra. E explosão da Unidade do Reator 4, além de ameaçar o Japão e os países vizinhos, também ameaça a costa leste dos EUA, do México e da América Central. Moradores dessas áreas teriam que ficar dentro de casa com as janelas fechadas, já que os ventos carregariam a radiação pelo pacífico até o continente americano.
Não termina aí. Uma explosão da Unidade do Reator 4 poderia causar uma explosão em toda a usina de Fukushima. E isso seria tão sério que esse cientista que vive em Boston planeja mudar-se com sua família para o hemisfério sul caso o cenário indique que a operação será executada como está sendo planejada. O hemisfério sul deve receber radiação também caso Fukushima exploda, mas em menor quantidade.
Os sites que noticiaram o problema clamam para que as Nações Unidas e os líderes mundiais (notadamente Barack Obama, já que os sites são americanos) intervenham e reúnam um time dos maiores especialistas para garantir a segurança da espécie humana. Parece papo de teórico da conspiração, mas é física nuclear.
Tufão se desloca na direção da usina de Fukushima no Japão !
Um tufão descrito como o mais poderoso dos últimos dez anos se aproximava do Japão nesta terça-feira (15), numa trajetória que poderá levá-lo até à usina nuclear de Fukushima.
O tufão Wipha, com ventos de quase 200 km/h, se encontra no Pacífico sul do Japão, segundo a Agência Meteorológica do país.
O ciclone, que traz consigo fortes chuvas, se desloca a 35 km/h, de acordo com a fonte.
Wipha deve atingir a periferia da área metropolitanade Tóquio nesta quarta-feira, e, no fim do dia, chegará ao litoral de Fukushima, onde se encontra a já combalida central nuclear de mesmo nome.
"É o tufão mais poderoso em dez anos a passar pela região de Kanto (Tóquio e arredores)", afirmou Hiroyuki Uchida, meteorologista chefe.
"Deve ter um grande impacto no sistema de tráfegona área metropolitana durante a hora do rush", acrescentou.
Em função da chegada do tufão, as companhias áereas Nippon Airways e Japan Airlines cancelaram 45 voos, afetando 4.350 passegeiros. Mais de 350 voos doméstico e internacionais devem ser cancelados até a chegada do tufão, na quarta, prejudicando 30.500 passageiros.
A companhia ferroviária The East Japan Railway Co também prevê suspender 31 trens-bala por causa da tempestade, informou a agência Jiji Press.
O grupo responsável pelo gerenciamento da usina de Fukushima, a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO), informou que está se preparando para enfrentar o fenômeno, depois do registro de uma série de vazamentos na usina.
A companhia anunciou no início do mês que 430 litros de água poluída vazaram de um tanque, que podem ter vazado para o mar.
Fonte: Galileu