O ISON foi descoberto em setembro de 2012 e chamado de “cometa do século” por ser brilhante e ter gerado a expectativa de ser visto da Terra. Agora em outubro o cometa está passando próximo de Marte.
As últimas observações mostraram que o cometa não está tão iluminado quanto era previsto à medida que se aproxima do Sol, de acordo com informações do observatório Lowell. O calor da estrela está queimando os vapores de gelo no corpo do cometa, criando uma longa cauda.
De acordo com cálculos feitos pelos astrônomos Matthew Knight e Kevin Walsh, publicados em artigo no periódico “The Astrophysical Journal Letters”, o Ison seria grande e denso o bastante para não ser totalmente incinerado ou fragmentado ao passar tão perto do Sol. Segundo eles, observações feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros instrumentos sugerem que o núcleo do cometa tem entre 1 e 4 quilômetros de diâmetro, o que o põe bem além do limite para a evaporação total de cometas vistos em periélios semelhantes, de 200 metros.
O cometa deve passar cerca de 1 milhão de km de distância do Sol e enfrentar temperaturas de 2,7 mil ºC, suficiente para derreter chumbo e ferro. A força da gravidade também pode partir o núcleo do cometa.
Se sobreviver, o cometa poderá ser até visível a olho nu da Terra no início de dezembro.
Fonte: Oglobo.globo.com